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Os sapatos, além de protegerem os pés, contam histórias. Cada material, cada formato e cada gesto de calçar revelam muito mais do que estilo: fala sobre cultura, sociedade e sobre como escolhemos nos apresentar ao mundo.

Na série sneakerverse, vamos revisitar os caminhos que levaram o calçado da sobrevivência à cultura. Afinal, olhar para o que está nos pés é também olhar para a forma como caminhamos pela história. 👟

Transparência: o novo design do produto

(Imagem: Yuool)

Não é só no quesito físico que o calçado precisa se provar… A era da transparência chegou ao sneakerverse, onde não basta estampar promessas “verdes” no marketing.

  • Já falamos no Episódio 2 sobre como parte do mercado opera na prática e as armadilhas do greenwashing.

Por isso, ter um histórico limpo, certificar processos e assumir limites deixou de ser apenas uma obrigação de relatório e passou a ser diferencial de marca — fazendo da transparência um verdadeiro elemento de design do produto.

O novo luxo é calçar escolhas que representam bem-estar e responsabilidade. Não à toa, programas de reparo, recompra e circularidade já são vistos como tão importantes quanto a estética do design.

Esse comportamento redefine também a noção de preço. Já não se trata de “caro ou barato” na prateleira, mas de longevidade e valor agregado. Pagar mais por um par que dura, respeita a cadeia e reduz impactos ambientais significa, no fim, gastar menos e andar melhor.

É nesse ponto onde surgem histórias como a que vamos contar a seguir, traduzindo na prática o antes considerado apenas um discurso distante.

Do Sul do Brasil para o mundo

(Imagem: Yuool)

O ano era 2016. Seis amigos no Rio Grande do Sul decidiram transformar uma ideia em realidade: criar um tênis que fosse ao mesmo tempo confortável, versátil e sustentável.

Unindo saberes das áreas calçadista e financeira, enxergaram uma oportunidade num material nobre: a lã merino. Segundo o cofundador e CEO, Eduardo Rocha Abichequer, “nada nem parecido existia no Brasil”.

🇮🇹 Importada da Itália, a lã se tornou o elemento central do projeto. Extremamente macia e inteligente, atua como isolante térmico natural: aquece no frio, refresca no calor, é respirável e delicada ao toque.

Mas o desafio era grande: como transformar uma fibra fina e sofisticada em um calçado resistente, urbano e cheio de estilo. Assim, em 2017, após meses de desenvolvimento e um investimento inicial de R$ 1 milhão, nasceu a Yuool.

👟 O nome, uma fusão de young (jovem), urban (urbano) e wool (lã), traduz o espírito da marca: contemporânea, conectada e com raízes em uma matéria-prima milenar.

(Imagem: Yuool)

Desde então, a Yuool se posicionou como um símbolo de simplicidade sofisticada, aliando design escandinavo, energia urbana e compromisso ambiental.

E nada melhor do que ver isso nos pés. Esses modelos mostram como dá pra juntar estilo, conforto e responsabilidade em cada passo.

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Mais do que calçados, os fundadores criaram uma proposta de estilo de vida: cada passo deve ser leve, consciente e confortável. É nessa intersecção — entre tradição, inovação e impacto positivo — que a Yuool encontrou seu diferencial.

O resultado: em 2022, a empresa superou a marca de 100 mil calçados vendidos em seus primeiros cinco anos de existência, ampliou sua presença no varejo físico brasileiro e começou a vender também nos 🇺🇸 Estados Unidos.

E não parou por aí. Ainda em 2022, reforçou sua identidade por meio de parcerias com personalidades, como o acordo com Eduardo Kobra, um dos artistas de grafite mais famosos do mundo.

Eduardo Abichequer, CEO da Yuool, e o artista Kobra (Imagem: Yuool)

🖌️ A collab, fruto de um investimento de R$ 2 milhões, resultou em 4 mil pares de um calçado feito com fibras de garrafas PET recicladas e algodão orgânico, apresentando na sola uma obra exclusiva do artista.

Parte dos lucros foi revertida ao Instituto Kobra, que apoia crianças, adolescentes e jovens no ingresso ao mundo das artes.

O crescimento seguiu nos anos seguintes

A Yuool transferiu sua produção para uma fábrica maior e mais especializada no primeiro trimestre de 2023 — resultando em um salto de 1.000 para 3.000 calçados produzidos por dia — e mudou seu centro de distribuição logística para Extrema (MG).

A empresa também apostou em canais próprios para comercializar seus produtos e manter ativa a base de mais de 200 mil clientes, além de fortalecer suas operações de e-commerce na Europa, região onde atua desde 2018 e que já representa cerca de 20% da receita da marca.

Já em outubro de 2024, reforçou ainda mais seu compromisso com a sustentabilidade e a economia circular, lançando um chinelo feito com 40% de garrafas PET recicladas e rastreáveis — que, em apenas seis meses, reciclou mais de 1,7 mil garrafas.

Como resume Abichequer: “Nosso compromisso vai além da reciclagem. Cada material reciclado tem origem conhecida, e isso garante que o impacto ambiental seja genuíno.

No próximo episódio 🍿

No último episódio, vamos mergulhar em uma das forças mais criativas do sneakerverse: as colaborações.

Quando tênis encontram artistas e marcas, deixam de ser apenas calçados e se transformam em itens colecionáveis, reinventando o design e a forma como consumimos e nos conectamos com esse mercado.

Antes de você ir embora

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