Esse é o primeiro episódio da série ‘Moda & Sociedade’ que contará com 6 episódios, abordando a influência da maneira como nos vestimos, em como votamos, comemos e nos relacionamentos. Enjoy!

NEWSLETTER SERIES 🎞️

Sabe aquele feeling de encontrar a série perfeita pra maratonar? Então, conseguimos trazer esse sentimento pra sua caixa de entrada, risos.

A partir de agora, você pode assinar editorias independentes, com início, meio e fim — pois não queremos saturar seu inbox.

Pense em um assunto que vai te tornar ainda mais inteligente e interessante por saber: Do Império Romano à maneira como a moda influencia a Sociedade…

Um deep dive dividido em episódios para você aproveitar sem pressa e guardar para sempre!

Conteúdo por conteúdo a internet já tem até demais. Seremos seu filtro, sempre às 21:00, não importa qual série você escolher.

a roupa fala. você está ouvindo?

A roupa faz muito mais do que vestir. Ela cria movimentos, constrói identidades e reflete cultura. Às vezes é até um sinal silencioso de uma revolução. Já parou pra pensar como a moda molda o mundo e como o mundo molda a moda?

Stay with us, and we'll show you how it all unfolds.

Na Grécia e Roma antigas, as roupas já eram usadas pra diferenciar classes sociais & afirmar poder e status. Não eram apenas funcionais, mas também símbolos de hierarquia e privilégio.

Com o crescimento das trocas comerciais e culturais, nos séculos XIV e XV, a moda ganhou novas influências e foi marcada pela intensificação do comércio de tecidos e o intercâmbio de estilos entre regiões.

  • O fluxo de mercadorias e ideias foi ficando mais rápido e a moda foi acompanhando — o ciclo de vida das roupas passou a ser mais dinâmico. Claro que ainda beeem longe do que temos hoje.

Durante o século XVI, no Renascimento, as roupas ficaram mais elaboradas e os tecidos luxuosos e os bordados foram ganhando espaço.

No século XVII, o luxo e a ostentação atingiram seu ápice nas cortes europeias, com a França se consolidando como referência global em moda. Luís XIV, conhecido também como "Rei Sol", foi um dos grandes responsáveis por transformar a moda em uma forma de controle social e político.

Curtiu saber disso? Então você também vai gostar da série Versailles que conta o drama real do “Rei Sol” — o monarca que começou seu reinado com apenas 4 anos.

Esse contexto histórico abriu caminho para a chegada de Maria Antonieta no século XVIII. Foi a “rainha dos franceses” que começou a adotar um estilo inovador que incluía calças e roupas leves, não apenas pra se destacar na corte, mas também como forma de desafiar as rígidas normas de uma sociedade que a via com desdém.

Fun fact: as calças femininas só foram normalizadas 200 anos depois — por essa e outras Maria Antonieta é tida como uma das primeiras trendsetters da história. 🍿 Pra quem quiser ficar mais por dentro da sua história, recomendamos essa comédia dramática dirigida pela Sofia Coppola.

Até no crucial momento da guilhotina ela transmitiu uma menssagem por meio da sua roupa: escolheu a cor branca pra simbolizar sua inocência e nos mostrou que a moda vai além da aparência e pode transmitir mensagens poderosas e subversivas.

Maria Antonieta sendo levada para sua execução - via Museu da Revolução Francesa

Sua relevância na moda será eterna, e serve de inspiração até hoje. Inclusive grandes marcas como Chanel, Dior e Vivienne Westood já fizeram referência ao seu estilo durante desfiles.

A Revolução Industrial, iniciada em 1831, trouxe mudanças radicais, como a invenção da máquina de costura, que democratizou a confecção de roupas, e as novas oportunidades de emprego que foram sendo criadas.

  • Essa transição foi significativa, pois o que antes era visto como um sinal de status, como o estilo de Maria Antonieta, começou a se transformar em algo mais acessível e funcional para as massas.

🔍 Fun fact: sabia que as primeiras etiquetas de roupas só surgiram no século XIX, com o estilista inglês Charles Worth? Ele inovou ao introduzir etiquetas nas roupas e apresentar duas coleções por ano, moldando desde então a forma como consumimos a moda.

E, após uma década, Worth percebeu a necessidade de formalizar a indústria, levando à criação da Câmara Sindical da Costura.

liberdade em alta

Ilustrações: Bloshka

Os anos 20 marcaram um período de libertação e inovação após a Primeira Guerra Mundial. Nesse contexto, as mulheres começaram a adotar vestidos mais curtos — ainda abaixo do joelho — e o estilo flapper, que se destacou por suas franjas, pérolas e cortes de cabelo curtos. Esse movimento não apenas refletiu uma nova atitude em relação à moda, mas também simbolizou a busca por liberdade e expressão individual.

transformação & reinvenção

Durante esse período, a moda foi afetada pela escassez de aviamentos e tecidos. Essa realidade levou à adoção de cortes mais simples e à busca por evitar desperdícios, resultando em um aumento das roupas funcionais e práticas.

  • Entre 1940 e 1950, não podemos ignorar a primeira coleção de Christian Dior, lançada em 1947. Conhecida como “New Look”, essa coleção revolucionou a moda pós-Segunda Guerra Mundial, contrastando com a estética utilitária da década de 1940, que respondia às limitações de tecidos e à necessidade de funcionalidade impostas pela guerra. A proposta de Dior trouxe de volta a opulência e a feminilidade, marcando um novo capítulo na história da moda.

Clique aqui pra ouvir o podcast “Dior’s New Look” & aqui pra ver a “Bar Jacket” considerada o modelo mais icônico da coleção, manifestando todos os atributos do atavismo dramático de Dior.

elegant revival

Nos anos 50, o maximalismo dominou a cena, trazendo um visual exuberante e ousado. A moda feminina destacou-se por saias rodadas que acentuavam a silhueta e blusas justas que realçavam a feminilidade. Com o surgimento do rock and roll, um novo espírito de liberdade e rebeldia permeou o estilo dos jovens, levando à popularização dos jeans como símbolo de uma nova geração.

prints everywhere

Os anos 60 foram marcados por uma onda de rebeldia. A minissaia, criada por Mary Quant, revolucionou a moda feminina e se tornou um ícone de ousadia. Estilos psicodélicos e hippies emergiram, refletindo o espírito de liberdade e autoexpressão que permeava a sociedade, enquanto a moda se tornava uma forma de resistência cultural e social.

boho style

Os anos 70 celebraram a diversidade. A moda boho, com suas estampas florais, coloridas e tecidos fluidos, ganharam espaço. Os jeans de cintura alta e flare também marcaram a década.

disco fever

Os anos 80 foram caracterizados pelo exagero. Ombreiras, cabelos volumosos e cores vivas dominaram. O mood disco era muito forte. A influência da cultura pop, com estrelas como Madonna e Prince, trouxe um visual ousado e autêntico.

grunge style

Nos anos 90, a moda se dividiu entre o grunge e o minimalismo. O estilo grunge, influenciado por bandas como Nirvana, incluía camisetas largas, jeans rasgados e flanelas. Ao mesmo tempo, o minimalismo trouxe linhas simples e cores neutras, com designers como Calvin Klein ganhando destaque.

pop culture

Nos anos 2000, a moda foi fortemente influenciada pela cultura pop e pelas celebridades. Roupas justas, jeans de cintura baixa e acessórios ousados estavam em alta. A estética "Y2K" trouxe uma mistura de elementos futuristas e retrô, com uma ênfase na individualidade.

A moda é uma força que transcende a simples vestimenta; ela é um reflexo e, ao mesmo tempo, um moldador da sociedade e da cultura.

  • Ao longo das décadas, a moda se adaptou e se transformou, respondendo a mudanças sociais, movimentos culturais e avanços tecnológicos. Cada época traz suas próprias influências e valores, que se manifestam nas roupas que usamos.

Assim, a moda não apenas reflete as identidades individuais, mas também as narrativas coletivas de uma sociedade. Ao se reinventar continuamente, ela se torna um espelho das questões contemporâneas, moldando-se sempre às necessidades e aos desejos da época.

À medida que avançamos, é fascinante observar como esse ciclo de influência e adaptação continuará a se desenrolar, mostrando que a moda, em sua essência, é uma arte em constante evolução.

“Style is a way to say who you are without having to speak”
Rachel Zoe

TAKEAWAYS DESSE EPISÓDIO:

🧠 O que aprendi hoje? Desde as civilizações antigas até os dias atuais, a moda tem servido como um símbolo de status, poder e até rebeldia, influenciando comportamentos e tendências em cada era.

☝🏻 O que fazer com isso? Talvez a maneira como me visto fale mais sobre mim do que minhas próprias palavras. Ao me vestir, lembrar que posso ser intencional e que nunca será uma simples combinação de peças.

Conhece alguém que vai gostar desse conteúdo? Compartilhe a edição de hoje e avisa lá que ainda faltam 5 episódios. A cada semana um novo aprendizado.

🎬 NO PRÓXIMO EPISÓDIO:

Como surgem as tendências? Vamos fazer um deep dive do motivo pelo qual a sapatilha está mais na moda do que um Golden Goose, além de explorar o prazo de validade de tendências e modismos.

episódio 1 de 6

NEWSLETTER SERIES 🎞️

Essa é uma série produzida pelo grupo waffle, empresa líder no setor de mídias digitais na América Latina, em parceria com a The Setters, uma das páginas de moda mais inovadoras do país.

Para ver outros produtos do grupo, clique aqui.

No segundo episódio da série 'Moda & Sociedade', vamos mostrar que as tendências não são apenas modismos passageiros, mas reflexos das mudanças culturais, econômicas e sociais. Você já se perguntou por que certos comportamentos se espalham e outros desaparecem?

Stay with us, and we'll show you how it all unfolds.

💿 Pra quem tá chegando agora e perdeu o primeiro episódio, é só clicar aqui pra ler e ficar por dentro.

NEWSLETTER SERIES

São editorias independentes com início, meio e fim de assuntos que vão te tornar ainda mais interessante por saber.

Conteúdo por conteúdo, a internet já tem até demais. Seremos seu filtro, sempre quarta-feira, às 21:00, não importa qual série você escolher.

você é um trendsetter?

  • São aquelas pessoas ou marcas que estabelecem novas tendências no âmbito da moda, cultura ou lifestyle. Em outras palavras, são aqueles que têm a capacidade de influenciar as escolhas e preferências de um grupo.

A palavra tendência tem origem no latim tendentia, que significa "inclinação" ou "direção". Daí o conceito de algo que se inclina em uma direção específica.

  • Esse termo é a ideia de um movimento em relação a uma mudança, comportamento ou preferência ao longo do tempo que se materializa de diversas formas.

Ainda que, hoje em dia, essa palavra seja muito banalizada — principalmente nas redes sociais onde tudo que tá em alta se torna “tendência” — a verdade é que ela é muito mais profunda do que parece.

na teoria, entendido. e na prática?

A tendência surge quando um comportamento emergente na sociedade tá indo pra uma direção e convergindo com fatores macro, como os políticos, econômicos, sociais, culturais, ambientais e legais.

💭 Compreender essas trends é perceber como a sociedade vivencia o mundo atualmente.

O produto que você vê na loja e fala que “tá na moda” é apenas o resultado de uma vontade muito maior e de um comportamento que vai pra uma direção e converge com as questões macroambientais.

🏅 Exemplo: O boom do universo wellness reflete várias tendências. Desde a inserção das roupas esportivas em contextos casuais até a crescente valorização do esporte, o aumento de restaurantes fitness e a popularização de produtos saudáveis. E essa lista só cresce.

Mas o que você precisa saber é: nem toda tendência surge da mesma forma, nem dura o mesmo tempo.

Modismo: É o que mais vemos hoje. É aquilo muito passageiro. Geralmente, dura menos de 6 meses e tá muito ligado a produtos.
✍🏽 Exemplos: strawberry makeup, bucket hats, acabamentos “glazed”.

(Pinterest)

Microtendência: É quando existe uma mudança específica no comportamento dos consumidores que dura em média 1 a 5 anos.
✍🏽 Exemplos: peças oversized.

(Pinterest)

Macrotendência: É quando grandes mudanças transformam diversas áreas da nossa vida e duram mais de 10 anos.
✍🏽 Exemplos: consumo consciente, moda sustentável e bem-estar holístico.

(Pinterest)

Megatendência: É quando há uma grande movimentação geracional que dura mais de 25 anos.
✍🏽 Exemplos: a revolução digital e a sustentabilidade ambiental.

(Pinterest)

O sucesso de um produto ou de um modelo de negócio só acontece por solucionar as dores do consumidor naquele momento — a necessidade existe antes do resultado.

Pra entender a origem e a trajetória das tendências, podemos observar três movimentos na moda que mapeiam esse processo. São eles:

Trickle down

Este é o movimento mais antigo e reconhecido. Nele, grandes marcas apresentam novas tendências nas passarelas, que são adotadas pela mídia e por influenciadores. Em seguida, a classe média incorpora essas tendências, até que, finalmente, elas se disseminam para o público em geral e chegam às lojas de departamento.

(waffle)

Bubble Up

Este movimento representa o oposto do trickle down. Aqui, a tendência surge entre a massa ou grupos específicos e ganha força e visibilidade até chegar às passarelas. Exemplos desse fenômeno são os movimentos Punk e Hip Hop, que, inicialmente, foram impulsionados por subculturas e, depois, influenciaram a moda de forma significativa.

(waffle)

Trickle Across

Aqui, as tendências se espalham de forma horizontal, entre grupos e segmentos sociais, em vez de seguir a hierarquia tradicional do "trickle down" (de cima para baixo) ou "bubble up" (de baixo para cima).

(waffle)

Como uma tendência ganha espaço e influência na sociedade?

O caminho que uma tendência percorre até se consolidar envolve uma série de fases e grupos que moldam sua trajetória, desde o surgimento até o declínio.

  1. Trendsetters: O início de tudo. São as pessoas que impulsionam a tendência com seu grande poder de influência e se tornam fonte de inspiração em seus nichos. Alooo, Hailey Bieber — um baita exemplo de trendsetter!

  2. Early Adopters: Os "pioneiros". Rapidamente esse grupinho reconhece e adota as tendências, ajudando a popularizar o que antes era novidade.

  3. Early Majority: A fase de massificação. Acontece quando um grupo se inspira nos early adopters e começa a consumir a tendência em massa que passa a se difundir em maior escala.

  4. Late Majority: A popularização total. Esse público adota a tendência em um estágio mais maduro, geralmente quando ela já tá disponível nas lojas de departamento e se tornou amplamente acessível.

  5. Laggards: Os atrasados. risos. Eles são bem menos preocupados com o que tá em alta e aderem à tendência quando ela já perdeu boa parte do seu apelo inicial.

Assim, a trajetória de uma tendência segue: ela nasce, se propaga e, por fim, perde força — mas não sem antes deixar sua marca na cultura e no estilo da época.

Compreender tendências é perceber como o consumidor vivencia o mundo, quais são seus hábitos, referências, o cenário político e as perspectivas futuras. Cada momento da história exigiu uma tendência diferente e uma invenção distinta que fosse capaz de materializar as necessidades da sociedade.

“a moda sai de moda, o estilo jamais”
Coco Chanel

TAKEAWAYS DESSE EPISÓDIO:

🧠 O que aprendi hoje? O conceito de tendência vai além da moda e está profundamente conectado às mudanças na sociedade e nas necessidades dos consumidores. Ela reflete movimentos e comportamentos sociais e pode variar de modismos passageiros a megatendências que transformam gerações inteiras.

☝🏻 O que fazer com isso? Comece a observar o mundo ao seu redor com esse novo olhar. Ao ver uma “nova tendência” na moda, no comportamento ou no estilo de vida, pense sobre o que pode estar impulsionando essa mudança: é uma necessidade passageira ou algo mais profundo?

Conhece alguém que vai gostar desse conteúdo? Compartilhe a edição de hoje e avisa lá que ainda faltam 4 episódios. A cada semana um novo aprendizado.

EPISÓDIO 2 DE 6

🍿 No próximo episódio: Vamos explorar a influência de figuras icônicas na moda e como elas revolucionaram a sociedade com criações desafiadoras que impactaram nossa forma de vestir e pensar sobre estilo.

Essa é uma série produzida pelo grupo waffle, empresa líder no setor de mídias digitais na América Latina, em parceria com a The Setters, uma das páginas de moda mais inovadoras do país. Para ver outros produtos do grupo, clique aqui.

No terceiro episódio da série 'Moda & Sociedade', vamos descobrir como grandes ícones da moda moldaram não só o jeito de se vestir, mas também a forma como nos expressamos até hoje.

Stay with us, and we'll show you how it all unfolds.

NEWSLETTER SERIES

São editorias independentes com início, meio e fim de assuntos que vão te tornar ainda mais interessante por saber.

Conteúdo por conteúdo, a internet já tem até demais. Seremos seu filtro, sempre quarta-feira, às 21:00, não importa qual série você escolher.

💿 Pra quem tá chegando agora e perdeu os primeiros episódios, é só clicar aqui pra ler e ficar por dentro.

Coco Chanel

A francesa Gabrielle Chanel, após o falecimento da mãe, foi levada para um orfanato aos 12 anos. Lá, aprendeu a costurar e desenvolveu um estilo marcado pela simplicidade e funcionalidade.

Aos 18 anos Chanel já trabalhava como costureira, mas foi em 1913 que decidiu abrir sua primeira loja, especializada em chapéus. Ao longo dos anos, começou a vender também roupas femininas, prezando sempre pelo conforto e praticidade.

Sua ideia era clara: “O luxo deve ser confortável, caso contrário não é luxo.” E foi essa visão revolucionária que atraiu mulheres influentes da época que, como ela, rejeitavam os corsets desconfortáveis.

Chanel trouxe também elementos do guarda-roupa masculino para o feminino, introduzindo o icônico tailleur numa época em que tal conceito não era discutido. No vídeo aqui embaixo, dá pra ter ideia de como Gabrielle criou essa peça lendária que consolidou a marca e que segue presente nas coleções atuais.

No fim dos anos 1920, sua empresa já era avaliada em milhões, o perfume Chanel Nº 5 havia se tornado icônico e o little black dress (pretinho básico) era uma peça indispensável no guarda-roupa feminino.

A marca Chanel permanece até hoje como uma das maiores referências da moda mundial e continua sendo conhecida pela elegância que Gabrielle personificou.

Mary Quant

Nascida na Inglaterra dos anos 1930, Mary Quant cresceu em um ambiente que a preparava pra ser professora.

No entanto, ao lado de seu marido e sócio Alexander, ela decidiu explorar o mundo da moda, abrindo uma pequena boutique para vender peças únicas de designers.

Mas sua própria marca logo se destacou, especialmente entre jovens que buscavam autenticidade e inovação. Mary capturou a essência da década de 1960, uma época marcada pelo desejo de liberdade e otimismo.

Sua criação mais ousada e revolucionária foi a minissaia, que trazia um comprimento inédito e mostrava os joelhos e parte das coxas. Essa peça se tornou símbolo de empoderamento e juventude, desafiando as normas sociais e inspirando mulheres ao redor do mundo.

Por sua originalidade, Mary recebeu em 1966 o título de Oficial da Ordem do Império Britânico pela própria rainha Elizabeth II, e em 2015 foi honrada novamente com o título de Dame da Ordem do Império Britânico.

Elsa Schiaparelli

Nascida em 1890 em Roma, Elsa Schiaparelli sempre teve uma imaginação fértil e única. Em sua autobiografia, ela relembra uma ideia da infância que reflete sua visão ousada e artística: plantar sementes no rosto para que flores crescessem, embelezando-a de maneira inusitada. Esse olhar criativo a levou a transformar a moda ao longo de sua carreira.

Em 1913, Elsa fugiu de um casamento arranjado e se mudou pra Londres. Posteriormente, em 1922, mudou-se pra Paris, onde conheceu Paul Poiret, o imperador da moda parisiense, que a incentivou a lançar sua própria linha. Sua primeira coleção, lançada em 1927, focava em roupas casuais e o sucesso foi quase imediato. Em 1932, sua marca já contava com mais de 400 funcionários para atender à alta demanda.

Elsa trouxe pra moda o conceito de “hard chic,” com cortes rigorosos e ombreiras marcantes. Foi pioneira no uso do rosa choque e das estampas de jornal. Colaborou com artistas surrealistas como Salvador Dalí, com quem criou acessórios e objetos inusitados, como o pó compacto em formato de telefone. Elsa também introduziu o “constellation wardrobe,” precursor do armário cápsula.

Embora tenha encerrado suas atividades em 1954, seu legado e sua marca continuam a inspirar a moda mundial, mantendo o olhar surrealista e inovador de suas criações originais.

Tom Ford

Nascido em 1961 em Austin, Texas, Tom Ford mudou-se para Nova York aos 16 anos em busca de novas oportunidades. Sua grande virada aconteceu em 1990, quando se mudou para a Itália e começou a trabalhar na Gucci, uma marca que enfrentava dificuldades financeiras na época.

Em menos de seis meses, Ford já estava projetando roupas masculinas e, em dois anos, assumiu a liderança de 11 linhas de produto. Em 1994, foi promovido a diretor criativo, posição que manteve até 2004. Ford revolucionou a Gucci ao introduzir uma estética marcada por sensualidade, ousadia e empoderamento, posicionando a marca como uma das mais influentes do setor.

  • Esse perfil aqui é 100% dedicado à epoca de Tom Ford na Gucci e mostra campanhas, editoriais e desfiles comandados por ele.

Em uma época em que o grunge dominava, Ford seguiu na direção oposta, trazendo formas e cores que capturaram o espírito de uma sociedade em transformação. Sua influência não apenas salvou a Gucci da falência, mas também redefiniu a moda dos anos 90, tornando a marca um ícone de estilo e poder.

Karl Lagerfeld

Karl Lagerfeld nasceu em 1933 em Hamburgo, Alemanha, e mudou-se para Paris aos 19 anos com o sonho de trabalhar com moda. Em 1954, ganhou o concurso de casacos Woolmark, ao lado de outro jovem designer que vencia na categoria de vestidos: Yves Saint Laurent. Assim começava uma rivalidade entre dois dos maiores nomes da moda.

Lagerfeld fez parte de uma geração que ajudou a transitar a moda da alta costura para o prêt-à-porter, trabalhando em grifes renomadas como Chloé, Fendi e Balmain. Em 1982, os irmãos Wertheimer, donos da Chanel, ofereceram a ele um contrato milionário com a missão de rejuvenescer a marca, que à época era preferida por um público mais velho.

Lagerfeld aceitou o desafio e, em poucos meses, transformou a Chanel. Ele trouxe uma nova vida para a marca, colaborando com ícones como Inès de la Fressange, Carolina de Mônaco e Isabelle Adjani. Seus desfiles eram eventos espetaculares, com cenários interativos que iam desde praias até supermercados, capturando a atenção do público de forma única.

Com sua abordagem visionária, Lagerfeld redefiniu o papel do diretor criativo, que passava a ser responsável por toda a estética e identidade de uma marca. Sua contribuição para a moda foi imensa e revolucionária, consolidando a Chanel como uma das casas de moda mais icônicas e desejadas do mundo.

Ao longo da história, esses visionários da moda não apenas definiram tendências, mas também moldaram a maneira como nos expressamos e enxergamos o mundo.

Coco Chanel libertou o guarda-roupa feminino, Mary Quant desafiou convenções com a minissaia, Elsa Schiaparelli trouxe o surrealismo para o cotidiano, Tom Ford redefiniu a sensualidade na moda dos anos 90, e Karl Lagerfeld transformou a Chanel em sinônimo de modernidade atemporal.

Mais do que estilistas, eles foram agentes de mudança cultural e suas inovações continuam ecoando até hoje, nos lembrando do poder transformador da moda que tanto falamos em “Moda & Sociedade”.

A simplicidade é a chave da verdadeira elegância.
Coco Chanel

TAKEAWAYS DESSE EPISÓDIO:

🧠 O que aprendi hoje? A moda é uma ferramenta de expressão e transformação e cada um dos estilistas que falamos aqui desempenhou um papel importante e capaz de impactar comportamentos e padrões até a atualidade.

☝🏻 O que fazer com isso? Podemos aplicar essas lições buscando uma moda que nos represente, escolhendo peças e marcas que falem sobre quem somos. A moda pode ser um reflexo da nossa autenticidade e uma ferramenta para expressar nossas convicções.

O que você tem achado da nossa série? Deixe seu comentário após votar abaixo.

Login or Subscribe to participate

Conhece alguém que vai gostar desse conteúdo? Compartilhe a edição de hoje e avisa lá que ainda faltam 3 episódios. A cada semana um novo aprendizado.

EPISÓDIO 3 DE 6

🍿 No próximo episódio: como a globalização e Hollywood influenciaram — e seguem influenciando — nosso comportamento e estilo. De Grease a Patricinhas de Beverly Hills, vamos mostrar como o estilo das celebridades molda a maneira de nos vestirmos.

Essa é uma série produzida pelo grupo waffle, empresa líder no setor de mídias digitais na América Latina, em parceria com a The Setters, uma das páginas de moda mais inovadoras do país. Para ver outros produtos do grupo, clique aqui.

No quarto episódio da série 'Moda & Sociedade', vamos explorar como a indústria musical e cinematográfica influenciou e influencia a moda até hoje por meio de grande ícones.

Stay with us, and we'll show you how it all unfolds.

NEWSLETTER SERIES

São editorias independentes com início, meio e fim de assuntos que vão te tornar ainda mais interessante por saber.

Conteúdo por conteúdo, a internet já tem até demais. Seremos seu filtro, sempre quarta-feira, às 21:00, não importa qual série você escolher.

💿 Pra quem tá chegando agora e perdeu os primeiros episódios, é só clicar aqui pra ler e ficar por dentro.

Muito antes das it girls do Instagram, a indústria da música e do cinema já criava grandes ícones que se tornaram referências de estilo e atitude. Naquela época, não existiam números de seguidores ou curtidas, mas esses nomes eram tão influentes que todos sabiam que eles ditavam as tendências.

Com o surgimento dos grandes estúdios e a transição do cinema mudo para o falado, Hollywood começou a se consolidar, nos anos 1920 e 1930. A globalização ajudou a levar os filmes americanos ao mundo todo, e, com isso, atores e atrizes ganharam fama global.

A mídia teve um papel crucial ao moldar o comportamento e o estilo da sociedade, e isso ficou evidente conforme surgiam personalidades que eram referências de moda e estilo.

Katharine Hepburn foi uma das pioneiras. Ícone dos anos 1930, ela não só dominava a atuação como desafiava normas de moda e comportamento. Ela foi uma das primeiras mulheres a usar calças e roupas consideradas masculinas em público, normalizando essas peças e abrindo portas para a moda andrógina. Sua autenticidade inspirou uma geração a se vestir para expressar sua individualidade.

  • Fun fact: após a Segunda Guerra Mundial, o uso de calças entre mulheres se popularizou, principalmente devido à entrada feminina no mercado de trabalho e à busca por roupas práticas e funcionais.

Nos anos 1950, Marilyn Monroe despontou como um dos maiores ícones de Hollywood e da moda. Com seus papéis memoráveis e estilo inconfundível, Marilyn foi uma verdadeira revolucionária do visual. Seu cabelo loiro platinado, o batom vermelho vibrante e os vestidos ousados lançaram tendências. E, claro, o famoso vestido branco esvoaçante de O Pecado Mora ao Lado permanece até hoje como um dos looks mais icônicos do cinema.

Nos anos 1960, Audrey Hepburn trouxe elegância e simplicidade ao estrelato.

‘Meu look é bem fácil de copiar. Basta prender o cabelo, comprar um óculos de sol oversized e colocar um vestidinho sem manga’, ela disse uma vez.

Audrey, uma verdadeira it girl, eternizou o vestido preto sem mangas e o colar de pérolas em Breakfast at Tiffany's, figurino assinado por Givenchy, que é até hoje um símbolo de sofisticação. A parceria de Audrey com Givenchy resultou em looks icônicos, e seu estilo influenciou gerações, desde sua franja e sobrancelhas marcantes até o toque de simplicidade que virou sinônimo de elegância.

Nos anos 1970, Grease trouxe à tona a estética rebelde que foi muito presente nos anos 50 (época em que se passa o filme). John Travolta e Olivia Newton-John apresentaram um estilo despojado, com jaquetas de couro, calças de cintura alta e vestidos rodados, lançando um novo olhar sobre a "juventude rebelde".

Chegando aos anos 1990, As Patricinhas de Beverly Hills virou um fenômeno de moda com Cher Horowitz, a personagem principal, obcecada por moda e estilo. O filme ajudou a popularizar peças como croppeds, minissaias, xadrez, blazers e camisas com gola Peter Pan. Esse estilo ainda é replicado até hoje, influenciando coleções de moda e guarda-roupas pelo mundo.

🍿 Ficou com vontade de maratonar filmes nessa vibe? Então aproveita o feriado e o fds pra (re)ver esses aqui: Adoráveis Mulheres, Meninas Malvadas, Diário da Princesa, Legalmente Loira e De Repente 30.

A série de sucesso Friends também foi uma grande responsável por trazer tendências pro estilo dos anos 90. Phoebe trouxe o visual boho-chic, Rachel se tornou ícone com seu estilo girly e o famoso corte de cabelo "Rachel", que até hoje é referência, e Monica adotava um estilo casual e minimalista. A série ajudou a consolidar um estilo streetwear de NYC, que estava muito crescente na época.

Nos anos 2000, é impossível falar sobre moda sem mencionar Carrie Bradshaw, a icônica personagem de Sarah Jessica Parker em Sex and the City. Carrie trouxe para os anos 2000 um estilo cheio de personalidade e uma paixão incontida por sapatos.

  • Com looks que misturavam peças clássicas e ousadas, ela se tornou um ícone fashion que até hoje inspira mulheres de todas as idades. A série, recentemente retomada, resgata o apelo nostálgico e reforça a influência duradoura de Carrie no mundo da moda.

Esses ícones do passado não só definiram as tendências de suas épocas, mas abriram caminho para uma nova geração de celebridades que continuam a desafiar e moldar o universo da moda. Figuras como Zendaya, com seu estilo eclético e ousado, e Harry Styles, que brinca com o conceito de gênero ao usar peças tradicionalmente femininas, mostram como a moda continua a ser uma plataforma poderosa de expressão individual e transformação cultural.

Vamos repetir por aqui: a moda sempre foi muito mais do que apenas roupas! Ela é uma forma de expressão pessoal e um reflexo do momento cultural e social de cada época.

  • Desde o pioneirismo de Katharine Hepburn e o glamour de Marilyn Monroe até a ousadia de figuras contemporâneas como Zendaya e Harry Styles, esses ícones desafiaram convenções e usaram o estilo como uma extensão de quem eram e do que representavam.

A moda evolui, mas seu papel em dar voz, quebrar padrões e inspirar gerações permanece.

A elegância é a única beleza que nunca desaparece
Audrey Hepburn

TAKEAWAYS DESSE EPISÓDIO:

🧠 O que aprendi hoje? A moda sempre foi uma poderosa forma de expressão pessoal e cultural. Ícones do passado como Katharine Hepburn, Marilyn Monroe e Audrey Hepburn, assim como celebridades atuais como Zendaya e Harry Styles, usaram o estilo para desafiar normas, mostrar sua autenticidade e inspirar toda uma geração a seguir o mesmo caminho.

☝🏻 O que fazer com isso? Incorporar a ideia de autenticidade e liberdade nas suas escolhas de estilo, sem medo de desafiar convenções. Sejam nas roupas ou nas atitudes, é importante usar a moda como um meio de expressão pessoal. Além disso, transformar a moda em um reflexo da sociedade pode inspirar a forma como se relaciono com as tendências e como compartilha seu próprio estilo com o mundo.

O que você tem achado da nossa série? Deixe seu comentário após votar abaixo.

Login or Subscribe to participate

Conhece alguém que vai gostar desse conteúdo? Compartilhe a edição de hoje e avisa lá que ainda faltam 2 episódios. A cada semana um novo aprendizado.

EPISÓDIO 4 DE 6

🍿 No próximo episódio: vamos explorar como as redes sociais, principalmente o TikTok, estão revolucionando a moda e criando as chamadas "microtrends" — tendências de curtíssima duração que surgem e desaparecem em questão de dias.

Essa é uma série produzida pelo grupo waffle, empresa líder no setor de mídias digitais na América Latina, em parceria com a The Setters, uma das páginas de moda mais inovadoras do país. Para ver outros produtos do grupo, clique aqui.

No quinto episódio da série 'Moda & Sociedade', vamos explorar como as microtrends, alimentadas pelas redes sociais, aceleraram o consumo e o descarte. Em questão de dias, tendências surgem, viralizam e desaparecem, incentivando um ciclo insustentável que até dificulta a criação de um estilo próprio.

Stay with us, and we'll show you how it all unfolds.

NEWSLETTER SERIES

São editorias independentes com início, meio e fim de assuntos que vão te tornar ainda mais interessante por saber.

Conteúdo por conteúdo, a internet já tem até demais. Seremos seu filtro, sempre quarta-feira, às 21:00, não importa qual série você escolher.

🫒 Pra quem tá chegando agora e perdeu os outros episódios, é só clicar aqui pra ler e ficar por dentro.

Com o boom das redes sociais — especialmente o TikTok, em 2020 — a moda vem se adaptando a informações rápidas e disseminadas de forma imediata. O que antes demorava meses para sair da passarela e chegar às lojas, hoje leva semanas para surgir, virar tendência e logo desaparecer.

Com algoritmos personalizados, as redes sociais oferecem conteúdos sob medida, refletindo o perfil e os interesses de cada usuário. No passado, as referências de moda eram mainstream e universais… Quase todos se inspiravam em ícones de Hollywood ou nas estrelas do pop — como falamos no episódio anterior.

Hoje, a variedade de estilos e influências permite que você pertença a um grupo específico, moldado pelo seu algoritmo. Não é mais “your vibe makes your tribe”, mas sim “your algorithm makes your tribe”.

Assim as microtrends se tornaram o novo ritmo da moda, com foco na próxima peça viral ou na estampa que dominará os vídeos da semana. Em questão de dias, as redes não apenas sugerem o que comprar, mas também moldam seu gosto, muitas vezes convencendo você a adotar um estilo que, no fundo, talvez nem goste.

Influenciadores de todos os nichos alimentam esse ciclo diário, enquanto antigamente as inspirações vinham de poucos e icônicos artistas.

💭 A pergunta que fica no ar é: com essa avalanche de referências e tendências passageiras, será que é mais fácil ou mais difícil desenvolver um estilo próprio?

No passado, com opções limitadas, as tendências eram praticamente inescapáveis e perduravam por anos, definindo estilos específicos para cada década. Hoje, temos uma abundância de escolhas — mas com isso surge também uma saturação de informações.

  • Somos constantemente bombardeados com novas modas, que incentivam um consumismo rápido e momentâneo. As peças compradas por influência de uma trend tendem a ser usadas poucas vezes, até que a próxima onda viral chegue.

Embora o acesso a mais referências facilite a identificação com certos estilos, seguir cada tendência que aparece torna quase impossível manter uma identidade genuína. Além disso, o consumismo acelerado impulsionado por essas microtrends é insustentável.

Fonte: UNEP - UN Environment Programme

O ciclo rápido de produção e descarte de roupas baratas e que estão “em alta“ leva a um aumento do desperdício, pois as pessoas compram mais e descartam os itens mais rapidamente.

Estima-se que, nas últimas duas décadas, o consumo de roupas aumentou 60%, enquanto o tempo que as pessoas mantêm essas peças diminuiu, muitas vezes usando-as apenas algumas vezes antes de descartá-las.

O desejo de pertencimento impulsiona essa dinâmica da moda nas redes sociais. A busca por aceitação leva muitos a seguirem o próximo viral — aquele vídeo que traz uma nova peça ou estética que “todo mundo” está usando e que você também sente a necessidade de adotar para se sentir parte do grupo.

Em contrapartida, o mercado de moda second hand tem se mostrado uma alternativa crescente para combater o desperdício e atender ao desejo por consumo consciente.

A estimativa divulgada em um relatório da ThredUp (plataforma de consignação online) é de que o mercado global de produtos de segunda mão alcance um valor de 350 bilhões de dólares até 2028.

Fonte: ThredUp Resale Report2024

  • Pra quem ainda não é adepto a esse mercado e tá procurando indicações de sites pra fazer bons achados, nessa matéria aqui tem vários bacanas.

E, pra finalizar, fica o questionamento: você acha que ter mais opções é realmente melhor? Ou estamos apenas transformando a moda em um ciclo incessante de tendências que, no fundo, não expressam nada além de um consumismo desenfreado?

Se você curtiu e ficou intrigado(a) com esse assunto e quer continuar lendo & ouvindo sobre, aqui vão alguns artigos e podcasts:

A moda, em sua essência, é uma forma de expressão e criatividade; um meio de comunicar quem somos. Porém, ao deixar que as redes sociais e os influenciadores ditem o que vestir, transformamos a moda em algo superficial, onde roupas se tornam apenas “ferramentas” para pertencer a um grupo ou estética do momento.

TAKEAWAYS DESSE EPISÓDIO:

🧠 O que aprendi hoje? Com as redes sociais, parece que a vida ficou mais rápida. Na moda, as microtrends criam um ciclo rápido e incessante de tendências que incentivam o consumo e descarte rápidos. Por mais que ofereçam diversidade de estilos e permitam experimentação, elas expressam a dificuldade de uma geração em perseverar.

☝🏻 O que fazer com isso? Antes de aderir uma nova tendência, pense um pouco mais... Faz sentido com o seu estilo? Você passa a expressão que deseja com o que está usando? Com tudo fugaz, definir o seu estilo pode ser uma boa opção para evitar idas e voltas no guarda-roupa.

O que você tem achado da nossa série? Deixe seu comentário após votar abaixo.

Login or Subscribe to participate

Conhece alguém que vai gostar desse conteúdo? Compartilhe a edição de hoje e avisa lá que falta só mais um episódio.

EPISÓDIO 5 DE 6

🍿 No próximo e ÚLTIMO episódio: Vamos falar sobre autoconhecimento na moda e ensinar a comunicar sua identidade de forma autêntica.

Essa é uma série produzida pelo grupo waffle, empresa líder no setor de mídias digitais na América Latina, em parceria com a The Setters, uma das páginas de moda mais inovadoras do país. Para ver outros produtos do grupo, clique aqui.

No sexto e último episódio da série 'Moda & Sociedade', vamos trazer um guia prático pra que você não se perca em meio a tantas microtrends e aprenda a identificar seu estilo pessoal, evitando um consumismo desnecessário.

Stay with us, and we'll show you how it all unfolds.

NEWSLETTER SERIES

São editorias independentes com início, meio e fim de assuntos que vão te tornar ainda mais interessante por saber. Conteúdo por conteúdo, a internet já tem até demais. Seremos seu filtro, não importa qual série você escolher.

🫒 Pra quem chegou no final e perdeu os primeiros episódios, é só clicar aqui pra ler o que rolou.

A moda reflete o mundo ao nosso redor e revela muito sobre o estado da sociedade. Mais do que isso, a maneira como nos vestimos é uma poderosa forma de expressão — como já falamos nos outros episódios.

  • O terno de um político, as cores escolhidas por um artista em turnê ou o look usado na faculdade: tudo isso comunica algo.

Mesmo que você diga “não penso no que visto, apenas uso o que gosto” saiba que essa simplicidade também transmite uma mensagem sobre quem você é.

Mas a gente sabe que com as trends surgindo nas redes sociais quase diariamente, fica fácil se perder. Se você já se sentiu assim, pode apostar que não foi o único, risos.

Isso acontece porque em um mundo "chronically online," onde somos bombardeados com novidades, fica mais difícil entender nosso estilo. A cada nova trend, devíamos nos questionar: isso realmente combina comigo?

Então pra encerrar nossa série sobre como a moda influencia a sociedade, que tal um guia pra te ajudar a encontrar seu estilo e se expressar de forma autêntica?

1. Faça uma reflexão sobre sua personalidade e história

Revise fotos antigas, de antes da era das redes sociais, e observe como você se vestia e o que motivava aquelas escolhas — mesmo que sejam de uma fase mais experimental. Desde cedo, nosso estilo é moldado por influências externas, mas o mais fascinante é como cada pessoa carrega experiências e gostos únicos que tornam sua forma de se vestir singular.

  • É exatamente isso que torna a moda tão interessante: a capacidade de adaptar referências e tendências, dando a elas um significado que reflete quem você realmente é.

2. Procure referências alternativas

Em vez de apenas buscar looks prontos no Pinterest pra copiar, amplie suas fontes de inspiração. Explore imagens de ambientes, projetos de arquitetura, texturas e paletas de cores. Referências menos óbvias podem enriquecer e trazer um toque único ao seu estilo, tornando-o mais autêntico e duradouro.

3. Troque o intuitivo pelo analítico

Não olhe um look e simplesmente pense: "gostei" ou "não gostei". Vá mais a fundo e analise os motivos. Talvez uma tendência chame sua atenção, mas, ao observar com mais cuidado, você vai perceber que gosta só da composição ou das proporções do look, e não da peça em si.

Esse exercício treina o olhar pra entender o que realmente combina com você e te ajuda a evitando gastar sem necessidade e seguir tendências apenas por estarem em alta. É o momento ideal pra desacelerar, descobrir o que reflete sua essência e investir em peças chave pro seu armário.

A moda é uma poderosa forma de expressão que revela nossa identidade pessoal. No contexto atual, com o bombardeio constante de tendências nas redes sociais, é fácil se perder no consumo exagerado e descartável. Para desenvolver um estilo autêntico e alinhado à personalidade, é importante investir em autoconhecimento, refletir sobre escolhas passadas e buscar referências únicas, além de analisar de forma crítica as tendências antes de adotar.

Buy less, choose well, make it last
Vivienne Westwood

Um pouquinho do que rolou nos episódios anteriores:

Ep. 1: História da moda e como ela foi se moldando ao longo das décadas.
Ep. 2: Como surgem as trends e a diferença entre modismo, micro, macro e megatendência.
Ep. 3: Pessoas que revolucionaram a moda e se tornaram verdadeiras referências.
Ep. 4: O impacto da globalização e ascensão de Hollywood na moda.
Ep. 5: Como as redes sociais estão impactando nosso estilo pessoal.

Priscilla Cao

Gostou do assunto e quer continuar consumindo sobre moda? Clica aqui pra se inscrever na The Setters, escrita pela Priscilla, e receba toda sexta-feira um novo conteúdo!

Essa série foi produzida pelo grupo waffle, líder no setor de mídias digitais na América Latina, em parceria com a The Setters. Para ver outros produtos do grupo, clique aqui.

O que você achou da nossa série? Deixe seu comentário após votar abaixo.

Login or Subscribe to participate