🫒 Moda & Sociedade

Newsletter Series | T 01 | EP 03

No terceiro episódio da série 'Moda & Sociedade', vamos descobrir como grandes ícones da moda moldaram não só o jeito de se vestir, mas também a forma como nos expressamos até hoje.

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Coco Chanel

A francesa Gabrielle Chanel, após o falecimento da mãe, foi levada para um orfanato aos 12 anos. Lá, aprendeu a costurar e desenvolveu um estilo marcado pela simplicidade e funcionalidade.

Aos 18 anos Chanel já trabalhava como costureira, mas foi em 1913 que decidiu abrir sua primeira loja, especializada em chapéus. Ao longo dos anos, começou a vender também roupas femininas, prezando sempre pelo conforto e praticidade.

Sua ideia era clara: “O luxo deve ser confortável, caso contrário não é luxo.” E foi essa visão revolucionária que atraiu mulheres influentes da época que, como ela, rejeitavam os corsets desconfortáveis.

Chanel trouxe também elementos do guarda-roupa masculino para o feminino, introduzindo o icônico tailleur numa época em que tal conceito não era discutido. No vídeo aqui embaixo, dá pra ter ideia de como Gabrielle criou essa peça lendária que consolidou a marca e que segue presente nas coleções atuais.

No fim dos anos 1920, sua empresa já era avaliada em milhões, o perfume Chanel Nº 5 havia se tornado icônico e o little black dress (pretinho básico) era uma peça indispensável no guarda-roupa feminino.

A marca Chanel permanece até hoje como uma das maiores referências da moda mundial e continua sendo conhecida pela elegância que Gabrielle personificou.

Mary Quant

Nascida na Inglaterra dos anos 1930, Mary Quant cresceu em um ambiente que a preparava pra ser professora.

No entanto, ao lado de seu marido e sócio Alexander, ela decidiu explorar o mundo da moda, abrindo uma pequena boutique para vender peças únicas de designers.

Mas sua própria marca logo se destacou, especialmente entre jovens que buscavam autenticidade e inovação. Mary capturou a essência da década de 1960, uma época marcada pelo desejo de liberdade e otimismo.

Sua criação mais ousada e revolucionária foi a minissaia, que trazia um comprimento inédito e mostrava os joelhos e parte das coxas. Essa peça se tornou símbolo de empoderamento e juventude, desafiando as normas sociais e inspirando mulheres ao redor do mundo.

Por sua originalidade, Mary recebeu em 1966 o título de Oficial da Ordem do Império Britânico pela própria rainha Elizabeth II, e em 2015 foi honrada novamente com o título de Dame da Ordem do Império Britânico.

Elsa Schiaparelli

Nascida em 1890 em Roma, Elsa Schiaparelli sempre teve uma imaginação fértil e única. Em sua autobiografia, ela relembra uma ideia da infância que reflete sua visão ousada e artística: plantar sementes no rosto para que flores crescessem, embelezando-a de maneira inusitada. Esse olhar criativo a levou a transformar a moda ao longo de sua carreira.

Em 1913, Elsa fugiu de um casamento arranjado e se mudou pra Londres. Posteriormente, em 1922, mudou-se pra Paris, onde conheceu Paul Poiret, o imperador da moda parisiense, que a incentivou a lançar sua própria linha. Sua primeira coleção, lançada em 1927, focava em roupas casuais e o sucesso foi quase imediato. Em 1932, sua marca já contava com mais de 400 funcionários para atender à alta demanda.

Elsa trouxe pra moda o conceito de “hard chic,” com cortes rigorosos e ombreiras marcantes. Foi pioneira no uso do rosa choque e das estampas de jornal. Colaborou com artistas surrealistas como Salvador Dalí, com quem criou acessórios e objetos inusitados, como o pó compacto em formato de telefone. Elsa também introduziu o “constellation wardrobe,” precursor do armário cápsula.

Embora tenha encerrado suas atividades em 1954, seu legado e sua marca continuam a inspirar a moda mundial, mantendo o olhar surrealista e inovador de suas criações originais.

Tom Ford

Nascido em 1961 em Austin, Texas, Tom Ford mudou-se para Nova York aos 16 anos em busca de novas oportunidades. Sua grande virada aconteceu em 1990, quando se mudou para a Itália e começou a trabalhar na Gucci, uma marca que enfrentava dificuldades financeiras na época.

Em menos de seis meses, Ford já estava projetando roupas masculinas e, em dois anos, assumiu a liderança de 11 linhas de produto. Em 1994, foi promovido a diretor criativo, posição que manteve até 2004. Ford revolucionou a Gucci ao introduzir uma estética marcada por sensualidade, ousadia e empoderamento, posicionando a marca como uma das mais influentes do setor.

  • Esse perfil aqui é 100% dedicado à epoca de Tom Ford na Gucci e mostra campanhas, editoriais e desfiles comandados por ele.

Em uma época em que o grunge dominava, Ford seguiu na direção oposta, trazendo formas e cores que capturaram o espírito de uma sociedade em transformação. Sua influência não apenas salvou a Gucci da falência, mas também redefiniu a moda dos anos 90, tornando a marca um ícone de estilo e poder.

Karl Lagerfeld

Karl Lagerfeld nasceu em 1933 em Hamburgo, Alemanha, e mudou-se para Paris aos 19 anos com o sonho de trabalhar com moda. Em 1954, ganhou o concurso de casacos Woolmark, ao lado de outro jovem designer que vencia na categoria de vestidos: Yves Saint Laurent. Assim começava uma rivalidade entre dois dos maiores nomes da moda.

Lagerfeld fez parte de uma geração que ajudou a transitar a moda da alta costura para o prêt-à-porter, trabalhando em grifes renomadas como Chloé, Fendi e Balmain. Em 1982, os irmãos Wertheimer, donos da Chanel, ofereceram a ele um contrato milionário com a missão de rejuvenescer a marca, que à época era preferida por um público mais velho.

Lagerfeld aceitou o desafio e, em poucos meses, transformou a Chanel. Ele trouxe uma nova vida para a marca, colaborando com ícones como Inès de la Fressange, Carolina de Mônaco e Isabelle Adjani. Seus desfiles eram eventos espetaculares, com cenários interativos que iam desde praias até supermercados, capturando a atenção do público de forma única.

Com sua abordagem visionária, Lagerfeld redefiniu o papel do diretor criativo, que passava a ser responsável por toda a estética e identidade de uma marca. Sua contribuição para a moda foi imensa e revolucionária, consolidando a Chanel como uma das casas de moda mais icônicas e desejadas do mundo.

Ao longo da história, esses visionários da moda não apenas definiram tendências, mas também moldaram a maneira como nos expressamos e enxergamos o mundo.

Coco Chanel libertou o guarda-roupa feminino, Mary Quant desafiou convenções com a minissaia, Elsa Schiaparelli trouxe o surrealismo para o cotidiano, Tom Ford redefiniu a sensualidade na moda dos anos 90, e Karl Lagerfeld transformou a Chanel em sinônimo de modernidade atemporal.

Mais do que estilistas, eles foram agentes de mudança cultural e suas inovações continuam ecoando até hoje, nos lembrando do poder transformador da moda que tanto falamos em “Moda & Sociedade”.

A simplicidade é a chave da verdadeira elegância.
Coco Chanel

TAKEAWAYS DESSE EPISÓDIO:

🧠 O que aprendi hoje? A moda é uma ferramenta de expressão e transformação e cada um dos estilistas que falamos aqui desempenhou um papel importante e capaz de impactar comportamentos e padrões até a atualidade.

☝🏻 O que fazer com isso? Podemos aplicar essas lições buscando uma moda que nos represente, escolhendo peças e marcas que falem sobre quem somos. A moda pode ser um reflexo da nossa autenticidade e uma ferramenta para expressar nossas convicções.

Chegamos na metade da nossa série. O que você tem achado?

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EPISÓDIO 3 DE 6

🍿 No próximo episódio: como a globalização e Hollywood influenciaram — e seguem influenciando — nosso comportamento e estilo. De Grease a Patricinhas de Beverly Hills, vamos mostrar como o estilo das celebridades molda a maneira de nos vestirmos.

Essa é uma série produzida pelo grupo waffle, empresa líder no setor de mídias digitais na América Latina, em parceria com a The Setters, uma das páginas de moda mais inovadoras do país. Para ver outros produtos do grupo, clique aqui.