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QUOTE DO DIA
Não é o cliente que dita seu preço, é o valor que você entrega.
Philip Kotler
BIG STORY

Wall Street está surfando uma onda bilionária de buybacks

Para que investir em alguém… se você pode investir em si mesmo? Esse tem sido o “pensamento” das empresas americanas, que estão recomprando ações em um ritmo que beira o inédito.

No final de agosto, os programas de recompras para 2025 atingiram US$ 1 trilhão apenas nos EUA — praticamente encostando na marca de US$ 1,1T anteriormente prevista para o ano no país.

Globalmente, os buybacks dos primeiros oito meses de 2025 já igualaram o total do ano passado, de US$ 1,37 trilhão.

(Imagem: Bloomberg | JPMorgan)

Entre as empresas, quem lidera é a Apple com US$ 100 bilhões anunciados, seguida por Alphabet (US$ 70B) e Nvidia (US$ 60B).

  • O entusiasmo bilionário é um sinal de confiança das BIG TECHs em seu próprio desempenho, principalmente com a onda da AI.

E não é só o Vale do Silício. Seis dos dez maiores stock buybacks são de bancos americanos, com destaque para o Goldman Sachs, cujo programa de US$ 40 bilhões equivale a 18,1% de seu valor de mercado.

O que está por trás disso?

Wall Street está vivendo uma equação curiosa. Com IPOs escassos e empresas reduzindo a quantidade de ações em circulação, a “matemática do mercado” se torna quase inevitável:

Menos papéis disponíveis significa lucro por ação maior — e preços sustentados, mesmo em um cenário de liquidez mais fraca.

É o tipo de atalho que agrada ao investidor. As recompras funcionam como uma valorização imediata, devolvendo retorno sem mexer nos dividendos.

O efeito colateral é segurar a pressão vendedora e, de quebra, turbinar cotações no curto prazo. Não à toa, buybacks se consolidaram como uma das armas favoritas do mercado para gerar valor rapidamente.

Maass… O curioso é que, mesmo com sua popularidade, ainda há espaço para crescer.

  • Antes da pandemia, as recompras nos EUA representavam entre 3% e 4% do valor de mercado das empresas listadas.

  • Hoje, estão em apenas 2,6%.

Em outras palavras, há terreno fértil para que esse movimento se acelere — e o investidor sabe disso.

💡 Curiosidade: As ações dos EUA com a maior taxa de recompra em relação à sua capitalização de mercado superaram o índice S&P 500, igualmente ponderado, em quase seis pontos percentuais no acumulado do ano.

(Imagem: Bloomberg)

O outro lado da moeda

Mas toda solução rápida vem acompanhada de riscos. Em tempos de juros altos, usar o caixa — ou até se endividar — para recomprar ações pode limitar o investimento em áreas vitais, como pesquisa, inovação e inteligência artificial — a palavra mágica do momento em Wall Street.

Além disso, há o dilema de valuation: comprar o próprio papel a preços elevados pode significar “pagar caro demais” por algo que deveria ser uma jogada de eficiência. É um equilíbrio delicado.

  • De um lado, a celebração do mercado e o sorriso imediato do acionista.

  • Do outro, a preocupação de que uma empresa que apenas recompra, sem reinvestir no futuro, corre o risco de perder competitividade com o tempo.

Por que isso importa?

No fim, o impacto das recompras vai além do preço das ações. Elas redefinem como o capital é alocado, influenciam a estratégia de grandes investidores institucionais e até moldam a percepção de solidez de uma companhia.

Para quem observa de fora, a lição é clara: mais do que acompanhar o lucro trimestral, é essencial entender como a empresa escolhe usar o caixa. Porque é nesse detalhe — aparentemente técnico — que se decide o futuro.

🔮 Looking forward: Segundo o JPMorgan, os buybacks nos EUA podem aumentar em US$ 600 bilhões nos próximos anos, já que as recompras limitam a oferta de ações.

Uma equipe do “bancão” foi além e projetou que o volume total no país pode alcance US$ 1,5 trilhão em 2025. Se confirmado, seria o maior patamar da história. Globalmente, a projeção é de US$ 1,9 trilhão.

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MOMENTO AURÉLIO

Você está cobrando o que realmente vale?

Existem três tipos de empreendedores quando o assunto é precificação:

  • (i) Os que definem preço só olhando para o concorrente, sem saber se estão ganhando ou perdendo.

  • (ii) Os que calculam custos, mas esquecem de incluir margem, posicionamento e percepção de valor.

  • (iii) Os que tratam o preço como ferramenta estratégica de marca, margem e crescimento. 💡

O segredo não é apenas “fechar vendas”, mas cobrar o suficiente para proteger margens, atrair o cliente certo e reforçar a proposta de valor.

Um exemplo prático vem das cafeterias de especialidade: muitas deixaram de competir por preço com o “pingado da esquina” e começaram a cobrar mais.

→ O motivo: Venderam experiência, origem do grão e qualidade do preparo.
→ Resultado: Margens maiores e clientes mais fiéis.

Na prática, cobrar o que realmente vale significa atuar em três blocos:

Conhecer os custos e proteger margens

Não dá para definir preço no “achismo”.

Exemplo: incluir custo fixo, variável e margem mínima de 30% em cada produto.

Estratégia: criar uma planilha simples de precificação e revisar sempre que houver reajuste de insumos.

Posicionar para o cliente certo

Preço também comunica valor. Se está muito baixo, pode transmitir desconfiança.

Exemplo: produtos premium que dobraram preço e, em vez de perder clientes, aumentaram a percepção de exclusividade.

Estratégia: alinhar preço à proposta de valor — não vender apenas produto, mas experiência.

Testar elasticidade sem perder clientes

Você pode estar deixando dinheiro na mesa.

Exemplo: testar aumento gradual de 5% e medir impacto nas vendas.

Estratégia: aplicar técnicas de A/B test em canais digitais ou fazer reajustes segmentados (clientes novos pagam o preço cheio primeiro).

👉 Pílula final: Não tenha medo de cobrar mais. Quem vende apenas preço vira refém do desconto. Quem vende valor, constrói marca e margem.

TO WATCH

🚘 Neste vídeo, o Financial Times analisa os desafios sem precedentes da Volkswagen — da concorrência feroz na China à transição bilionária para veículos elétricos.

Além disso, discute como a estagnação europeia, a guerra tarifária de Trump e os altos custos trabalhistas colocam pressão sobre a maior indústria alemã. Assista aqui.

Por hoje é só!

💡 Na semana que vem, estaremos de volta falando um pouco mais do mundo financeiro para você — CFO ou futuro CFO. risos.

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