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QUOTE DO DIA
Quem não negocia, obedece. E quem entende o jogo, muda as regras
Peter Drucker
BIG STORY

O novo mapa do comércio mundial

E se a nova era da globalização não estiver sendo guiada por tratados multilaterais, mas por tarifas?

Rotas Marítimas Globais e Pontos Estratégicos de Navegação

As maiores taxas de importação desde a década de 1930 estão virando o tabuleiro do comércio internacional.

De Washington a Pequim, o jogo mudou, e os países estão redesenhando suas rotas, alianças e prioridades para sobreviver à maré protecionista dos Estados Unidos.

  • 🇨🇦 O Canadá agora importa mais carros do México do que dos EUA;

  • 🇨🇳 A China ignora os campos de soja do estado americano de Iowa e compra do Brasil;

  • 🇮🇳 Índia e China retomaram negociações diretas após anos de tensão diplomática.

O epicentro do comércio global está se movendo, e, pela primeira vez em um século, não é em direção aos Estados Unidos.

A reação em cadeia

Governos e empresas do mundo inteiro estão revisando contratos e redesenhando rotas de navios.

(Imagem: Free Range Stock)

O 🇵🇪 Peru procura novos compradores na Ásia para seus mirtilos. O 🇱🇸 Lesoto, produtor têxtil africano, direciona suas exportações à Europa e ao Oriente.

Além disso, um grupo de 14 países — de Nova Zelândia a Emirados Árabes — formou uma nova aliança comercial, tentando se proteger da turbulência americana.

A ironia: o protecionismo de Trump não derrubou o comércio global — ele o espalhou.

A Organização Mundial do Comércio (OMC), que esperava crescimento tímido de 0,9% em 2025, revisou o número para 2,4%.

Uma nova geografia econômica

Os dados confirmam a mudança. As exportações chinesas para os EUA caíram 33%, enquanto aumentaram 23% para o Sudeste Asiático e 26% para a África.

O tráfego marítimo no corredor transpacífico — o eixo EUA-China — recuou, mas todas as outras rotas cresceram. O fluxo não parou; apenas mudou de direção.

A Europa, por sua vez, enxergou oportunidade no caos — e a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, acelerou negociações paradas há décadas.

  • O acordo com o Mercosul, em gestação há 25 anos, voltou ao radar.

  • A 🇪🇺 União Europeia firmou um pacto de livre comércio com a 🇮🇩 Indonésia e retomou conversas com a 🇦🇺 Austrália.

Mas nem todos têm fôlego para o novo jogo. Com o sistema multilateral da OMC enfraquecido, países pequenos perdem proteção.

Para o economista Eswar Prasad, professor da Universidade Cornell: “um mundo em que cada um age por conta própria será muito mais duro para quem não tem o peso econômico dos EUA.

O negociador chinês, Liu He, e o presidente americano Donald Trump (Imagem: Reuters | Jason Lee)

O 🇹🇱 Timor-Leste é exemplo: com PIB per capita de US$ 1.300, tenta usar o ingresso na OMC para diversificar sua economia dependente do petróleo e exportar café e baunilha.

Dentro dos próprios Estados Unidos, O protecionismo cobra seu preço. Empresas americanas que produzem no exterior têm deixado de vender em solo americano, pressionadas pelos novos custos.

E o Brasil? 🇧🇷

Por aqui, o país tenta se equilibrar entre pragmatismo e pressão.

As tarifas impostas por Trump — de até 50% sobre produtos brasileiros — atingiram setores-chave das exportações, e o governo corre contra o tempo para reverter as medidas sem azedar de vez a relação com Washington.

Ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, e o secretário de Estado americano, Marco Rubio (Imagem: Brasil de Fato | Itamaraty)

Na última semana, o chanceler Mauro Vieira se reuniu com o secretário de Estado americano Marco Rubio, na Casa Branca, num encontro que durou pouco mais de uma hora e cujo clima foi descrito como “excelente e construtivo”.

  • As duas partes acertaram o início das negociações tarifárias e a realização de uma reunião entre Lula e Trump “o mais cedo possível”.

Enquanto o Itamaraty tenta reabrir o diálogo com os EUA, o Brasil também se move em outras frentes: reforça acordos com a Índia, retoma articulações no Mercosul e mantém os olhos voltados à Ásia, onde o apetite por commodities segue crescendo.

O tabuleiro global está em movimento — e, desta vez, o Brasil parece decidido a jogar, não apenas a assistir.

Moral da história ✍️

O que parecia um movimento de retração americana está, na prática, acelerando a descentralização do comércio global. As tarifas criaram um vácuo — e o resto do mundo está se organizando para preenchê-lo.

O protecionismo não matou a globalização. Apenas a redistribuiu. E, desta vez, os novos polos de poder estão nas rotas que Washington tentou bloquear.

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Negociar faz parte do jogo. Achar o ponto de equilíbrio, defender o orçamento, alinhar expectativas…Mas tem uma negociação que ninguém gosta de encarar: aquela com o banco, quando você precisa de um novo cartão corporativo.

É limite pra aprovar, formulário pra preencher, gerente pra consultar.

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MOMENTO AURÉLIO

Negociar é arte (e ciência)

Negociar não é sobre falar mais — é sobre ouvir melhor. Cada contrato, cada taxa, cada prazo tem uma margem escondida. E quem domina a arte de negociar sabe exatamente onde ela está.

A maioria das empresas erra por negociar no modo “pedido”, não no modo “estratégia”.

  • Vai ao banco pedindo desconto;

  • Vai ao fornecedor pedindo prazo.

Mas o verdadeiro negociador nunca pede — ele conduz.

1️⃣ Entenda o cenário antes da mesa.

📍 Mapeie suas alternativas.

Tenha dados sobre o mercado, prazos médios, concorrentes.

Quando você entra na conversa sabendo o que vale, deixa de ser um “pedinte” para se tornar um “parceiro que decide”.

2️⃣ Faça o outro lado acreditar que há um vilão.

Essa técnica é clássica (e poderosa): crie um elemento externo que “pressiona” você.

Pode ser “a diretoria que cortou o orçamento”, “o banco concorrente que ofereceu taxa menor” ou “o cliente que não aceita reajuste”.

Esse vilão imaginário tira o foco da sua vontade e coloca no contexto — abrindo espaço para o desconto.

3️⃣ Negocie relação, não apenas preço.

Fornecedores e bancos respeitam previsibilidade.

Se puder, troque desconto por fidelização ou volume.

É assim que se transforma uma negociação pontual em uma aliança de longo prazo.

🎯 Moral da história: Negociar é ciência porque exige dados, timing e lógica. Mas é também arte porque depende de empatia, leitura de contexto e narrativa.

Entre o racional e o emocional está o espaço onde se fecha o melhor acordo.

TO LISTEN

Nestes episódios da série Dealcraft: Insights from Great Negotiators, diplomatas, executivos e estrategistas de renome compartilham bastidores de negociações que mudaram o rumo de empresas e países.

Mais do que táticas, o podcast revela como fatores psicológicos, timing e contexto moldam decisões em mesas de alto risco, da diplomacia internacional às fusões bilionárias. Escute todos aqui.

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