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QUOTE DO DIA
“Velocidade é a nova moeda dos negócios.”
— Satya Nadella

E com essa solução seu financeiro ganha mais velocidade. 👀 

BIG STORY

Quanto vale um funcionário?

Toda empresa diz que “pessoas são o maior ativo”, mas há um indicador que não aceita discurso — só desempenho: receita por funcionário.

Sede da NVIDIA (Imagem: Devcon Construction, Inc.)

É a métrica mais “anti-palestra” que existe. Nada de EBITDA ajustado, nada de “sinergias” e nada de narrativa de crescimento.

É só isso: receita dos últimos 12 meses ÷ número de funcionários.

E, justamente por ser simples, ela é cruel — mostra se o negócio está, de fato, conseguindo transformar gente em dinheiro; se cada nova contratação empurra a empresa para cima ou se está apenas inflando a folha salarial e complicando a gestão.

Por que isso se tornou tão importante?

Porque, nos últimos dois anos, as empresas dos últimos dois anos foram obrigadas a sair da fase do “crescer primeiro, otimizar depois” e entrar na era do fazer mais com menos.

As Big Techs cortaram pessoal, mas aumentaram a receita por funcionário.

(Imagem: Bullfincher)

A Meta, por sua vez, se recuperou após o “ano da eficiência”. Isso prova que o problema não era talento — era o modelo.

E o mais curioso: o OnlyFans apareceu como a empresa mais eficiente do mundo, com dezenas de milhões de dólares de receita por funcionário.

O motivo? O modelo é plataforma pura: receita escalável sobre uma equipe muito enxuta (cerca de 42 pessoas). É o extremo do conceito.

Ou seja: não se trata de ser grande, mas de ser produtivo por cabeça.

Tá, mas quanto é “bom”?

1. SaaS e empresas de produto digital “normais”

Se a empresa fatura de forma recorrente, possui equipes de tecnologia, vendas e customer success, é comum observar valores na faixa de US$ 120 mil a US$ 150 mil por funcionário.

Isso é o “ok, estamos montando o negócio”. Abaixo disso, provavelmente há equipes demais para a receita atual.

2. SaaS mais maduro / já escalado

Quando o produto encaixou, a taxa de rotatividade (também chamada de churn) está sob controle e o comercial ficou redondo, esse número sobe para US$ 200 mil–US$ 300 mil por colaborador.

Aqui é onde o investidor olha e pensa: “isso escala sem virar uma empresa de serviços”.

3. Plataformas altamente escaláveis (AI, chips, Big Tech)

Essas parecem fora da realidade — vendem muito com pouca gente. Por isso, surgem números de milhões por membro da equipe.

Não é que tenham as “melhores pessoas”: o modelo permite isso. Não dá para comparar com o resto.

4. Negócios que precisam de pessoas na operação

Varejo, logística, indústria, bancos com inúmeras agências, hospitais... Aqui, o número é naturalmente menor, pois é preciso mais pessoas para cada real de receita.

Nesses casos, o correto é comparar com o setor, não com tecnologia.

E há um detalhe que quase ninguém menciona: essa métrica é muito difícil de maquiar.

Você até pode terceirizar para parecer mais leve, mas, conforme a empresa cresce, o mercado percebe o custo real. Ineficiência transparece.

E o Brasil, nisso tudo? 🇧🇷

Agência bancária do Itaú (Imagem: Itaú | Divulgação)

Aqui fica interessante: o Brasil tem alguns “bichos” muito diferentes convivendo ao mesmo tempo.

  1. Bancões gigantes (Itaú, Bradesco, Santander, Caixa): dezenas de milhares de funcionários, muita regulação e operação pesada. É natural que a receita por colaborador não seja tão fotogênica. Afinal, há agência, backoffice, jurídico, crédito complexo etc.

  2. Fintechs digitais (Nubank, Inter, C6 Bank): produtos para milhões de clientes com equipes muito menores. É o caso clássico de “estrutura leve, base enorme”. Isso puxa o número para cima.

  3. Exportadoras, energia, óleo e gás: receitas robustas e quadro relativamente enxuto. Às vezes, parecem super eficientes, mas é efeito do setor, não necessariamente da gestão de pessoas.

  4. Serviços B2B e tech emergente: ainda estão inflando o time porque estão construindo produto. Assim, o indicador piora temporariamente.

Então, Quando você pergunta “quem lidera essa métrica aqui?”, a resposta honesta é:

Negócios digitais ou com alto tíquete e baixa complexidade operacional têm vantagem estrutural: bancos digitais, adquirentes enxutos, SaaS B2B focado.

Os bancões ainda lideram em rentabilidade total, mas não necessariamente em receita por cabeça.

E há uma coisa “bem Brasil” que falamos no episódio anterior: spread bancário alto + digitalização rápida tornou-se um incentivo à eficiência. Quem consegue atender com menos pessoas captura margem com maior velocidade.

É por isso que os players menores e focados estão roubando fatias de mercado dos grandes — cada funcionário deles rende mais.

O que essa métrica revela sobre a nossa economia

Nossa economia ainda é cara de operar porque depende de pessoas resolvendo situações complicadas. A máquina tributária, o jurídico, o fiscal, o administrativo... tudo isso cria uma camada de trabalho que não desaparece apenas com boa vontade.

Resultado: o número de funcionários por negócio fica naturalmente alto e, quando você divide a receita por esse tanto de gente, o indicador perde brilho.

Centro de distribuição do Mercado Livre em Cajamar (Imagem: Exame | Divulgação)

Tem mais: a revolução da automação e da AI não chegou igual para todos.

  • Há empresas que já colocaram modelos de decisão no centro e começaram a operar como companhias americanas;

  • E há empresas que estão rodando em 2025 com produtividade de 2015, apenas com mais reuniões no meio.

Essa assimetria puxa a média para baixo. Além disso, o Brasil tem muito varejo físico e muitos serviços de ticket baixo. Esses setores empregam (ótimo socialmente), mas derrubam a produtividade por cabeça.

Se a parte da economia que mais cresce é justamente a que precisa de mais gente por real faturado, o país inteiro parece menos eficiente do que realmente é.

Moral da história ✍️

A pergunta não é mais “quantas pessoas tem sua empresa?”, e sim “quanto cada pessoa faz o negócio render?”. A receita por funcionário virou o detector de maturidade operacional:

  • Expõe quem cresceu na marra;

  • Premia quem automatizou cedo;

  • Obriga todos a justificar headcount.

No mundo do “ano da eficiência”, o principal ativo deixou de ser o tamanho do time e passou a ser a produtividade unitária dele.

APRESENTADO POR CONTA SIMPLES

O fechamento da sua empresa está roubando tempo e lucro (mais do que você imagina)

Responde aqui: quanto tempo você gasta no fechamento mensal?

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Agora pense na frase do dia: “Velocidade é a nova moeda dos negócios.”

A pergunta que fica é: quanto dessa moeda você está deixando escapar no fechamento do mês?

Nas pequenas empresas, o fechamento costuma virar um buraco de tempo: conferir comprovantes, ajustar planilhas, revisar cartões, reabrir lançamentos. Nada disso move o negócio, mas tudo isso atrasa o que realmente importa.

A Allugator vivia essa rotina. Fechar o mês consumia 3 dias inteiros. Quando centralizou tudo na Conta Simples, o processo caiu para 1 dia, 66% menos tempo perdido e muito mais espaço para fazer a empresa andar.

MOMENTO AURÉLIO

Como se tornar atraente para investidores

O que significa “ser atraente” no mercado? No jargão financeiro, isso tem nome: investability — a capacidade de uma empresa gerar confiança suficiente para receber capital externo.

Não é sobre “ficar bonita” no pitch, mas sobre mostrar disciplina operacional, clareza estratégica e previsibilidade de resultados.

Vamos destrinchar os termos que os investidores realmente procuram:

1️⃣ Governança

Sua empresa possui um conjunto de mecanismos, processos decisórios, políticas internas e práticas estruturadas que asseguram transparência, controle e alinhamento entre gestão e stakeholders?

Para o investidor, isso é decisivo: uma boa governança reduz a assimetria de informação, minimiza riscos operacionais e jurídicos, eleva a previsibilidade dos resultados, fortalece a legitimidade das decisões estratégicas e sustenta a escalabilidade do negócio com menor custo de capital.

E como o investidor percebe isso na prática? Por sinais objetivos:

Demonstrações financeiras auditáveis;

Acordo de sócios claro e atualizado;

Estrutura decisória documentada;

Políticas de risco, compliance e controles internos formalizadas;

Comitês (financeiro, risco, auditoria) que funcionam de fato — não apenas no organograma. risos.

2️⃣ CAC (Custo de Aquisição de Cliente) e LTV (Valor de Vida do Cliente)

Lido por investidores como: “quanto dinheiro você queima para trazer cada cliente — e quanto esse cliente te devolve ao longo do tempo?

Investidor ama eficiência.
Investidor foge de “crescimento sem qualidade”.

3️⃣ Velocidade de decisão (senso de urgência)

Capacidade de executar, corrigir e aprender rápido.

Por que isso aumenta lucro? Porque atraso custa caro: estoque parado, oportunidade perdida, cliente que desistiu.

Os investidores chamam isso de clock speed — a velocidade do “relógio interno” da empresa. Empresas com alta clock speed:

Lançam produtos antes dos concorrentes;

Testam com mais frequência;

Erram pequeno e corrigem grande;

Transformam insight em faturamento.

🎯 Moral da história: No fim do dia, investidores não buscam empresas perfeitas — buscam companhias preparadas. Negócios que entendem seus números, executam com velocidade e sustentam suas decisões em governança real — não em apresentações bonitas.

Ser atraente para investimento não é uma promessa, mas um comportamento. Se a empresa domina seu próprio funcionamento, o investidor não precisa adivinhar o que está acontecendo. E quando a previsibilidade aumenta, o custo de capital diminui.

💡 Ou seja: empresa organizada não atrai só capital — atrai capital melhor.

TO WATCH

Neste vídeo, especialistas explicam por que startups bilionárias — como a SpaceX e a OpenAI — estão adiando cada vez mais a abertura de capital.

Eles discutem o impacto do excesso de capital privado, o peso da regulação e como isso está concentrando poder longe dos investidores comuns. Assista clicando aqui ou na imagem acima.

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💡 Na semana que vem, estaremos de volta falando um pouco mais do mundo financeiro para você — CFO ou futuro CFO. risos.

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