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QUOTE DO DIA
“Você não gerencia o que não mede. Você não melhora o que não gerencia.”
— Peter Drucker
💼 O que a galera do financeiro gosta?
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BIG STORY
A corrida global pelo futuro da gestão financeira — da Europa à Faria Lima
E se, em vez de procurar a agulha no palheiro, você simplesmente comprasse o palheiro inteiro?
Essa mudança de paradigma, iniciada por John Bogle, fundador da Vanguard, transformou completamente a indústria de investimentos — e agora está “forçando” uma reestruturação trilionária no setor financeiro europeu.
Bogle foi um dos primeiros a questionar a lógica da gestão ativa: por que tentar adivinhar qual ação vai render mais, se você pode comprar as maiores empresas do mercado e simplesmente acompanhar o crescimento da economia?

John Bogle (imagem: The Philadelphia Inquirer)
Assim nasceram os ETFs (fundos de índice) — carteiras que replicam índices de mercado, cobram taxas muito menores e entregam retornos consistentes no longo prazo.
Essa ideia simples tornou a Vanguard uma das maiores gestoras do mundo e redefiniu o que significa investir de forma eficiente.
Em contrapartida, os “Faria Limers” de todo o planeta — gestores que cobram 1% ao ano + taxa de performance — começaram a sentir o calor: seus fundos não entregavam os melhores resultados, e os investidores passaram a se perguntar se ainda valia a pena pagar caro por promessas de performance.
E essa ideia “simples” é comprovada estatisticamente. O relatório SPIVA, produzido pela S&P Global, compara o desempenho de fundos de gestão ativa com os de gestão passiva.
📊 Na Europa, por exemplo, em um período de 10 anos, 92,07% dos fundos de gestão ativa perderam para o índice S&P Europe 350. Essa pressão virou uma corrida de trilhões de dólares.

(Imagem: S&P)
O efeito dominó europeu 🌍
Os gestores de ativos europeus, acuados pelos gigantes americanos como BlackRock e Vanguard, estão sendo obrigados a se fundir, cortar custos — e empregos — ou buscar novas fontes de rentabilidade em mercados privados e ativos alternativos.
Empresas como BNP Paribas, Amundi, UBS Group e Allianz Global Investors protagonizam uma onda de fusões e aquisições para sobreviver ao avanço dos fundos passivos e às margens cada vez menores.
Mas os desafios permanecem: o mercado de fundos passivos é dominado por empresas que escalaram cedo e conseguem lucrar mesmo com taxas baixíssimas.
As fusões ajudam a reduzir custos, mas não resolvem o problema central: a compressão das taxas de administração, especialmente entre os investidores de varejo, que hoje comparam tudo e não aceitam mais pagar caro sem resultado.
🇺🇸 Nos Estados Unidos, as gestoras de Wall Street enfrentam dilemas parecidos: comprar uma gestora de ativos alternativos para adicionar negócios de maior margem é caro — e nem sempre funciona. Muitas estão sob pressão crescente para adotar medidas mais drásticas.
📉 A título de comparação, a Vanguard possui fundos que cobram 0,06% ao ano. É uma escala inegável.
O reflexo brasileiro 🇧🇷
Por aqui, a história começa a se repetir. O debate entre gestão ativa e passiva ainda está em fase inicial, mas os investidores começam a descobrir o que realmente faz sentido para o próprio bolso — e, inevitavelmente, o que é pior para a Faria Lima.
Os ETFs vêm ganhando espaço entre investidores de todos os perfis. Em abril de 2025, o número de investidores distintos (CPF e CNPJ) estava em 623 mil, sendo mais de 617 mil pessoas físicas.

(Imagem: B3 | Investing.com)
📈 Já em setembro, a quantidade de investidores brasileiros com ETFs em carteira subiu para 640 mil — ainda um número pequeno quando comparado aos 6 milhões que negociam ações.
Mas há grande espaço para crescimento: os ETFs ainda representam apenas 0,57% da indústria de fundos no Brasil.
E 2025 ainda promete reforçar essa tendência, com o lançamento de novos produtos na bolsa, ampliando o cardápio de oportunidades disponíveis no país.
Não é à toa que, também em setembro, a Blackrock, maior gestora de ativos do mundo, anunciou 29 novos ETFs na B3, elevando sua prateleira local para 181 produtos.
🔍 Zoom out: com taxas competitivas, a BlackRock aposta que o mercado brasileiro de ETFs pode triplicar ou quadruplicar nos próximos cinco anos.
Moral da história ✍️
Por muito tempo, acreditou-se que os gestores de fundos ganhavam vantagem por viver o mercado 24 horas por dia — analisando gráficos, relatórios e notícias em tempo real.
Mas a verdade é que existe muita sorte envolvida. Crises, políticas, guerras e bolhas tornam impossível prever tudo.
Parece contraintuitivo, mas é isso que os ETFs vêm provando:
às vezes, menos é mais.
O futuro da gestão financeira não é sobre escolher a ação certa, mas sobre escolher o modelo certo. E, ao que tudo indica, o palheiro inteiro está vencendo a corrida.
APRESENTADO POR CONTA SIMPLES
Raio-X do fechamento do mês na sua empresa
Se o fechamento do mês ainda toma dias, o problema pode não estar no fechamento e, sim, no que acontece antes dele.
O Panorama da Gestão de Despesas no Brasil 2025, feito pela Conta Simples, mostra que
64% das empresas ainda registram gastos manualmente e 39% controlam despesas em planilhas.
O resultado é previsível: dados desencontrados, retrabalho e pouca visibilidade sobre onde o dinheiro realmente foi parar.
Empresas mais maduras tratam o fechamento como consequência, não como tarefa. Elas integram cartões e centros de custo, automatizam conciliações e chegam ao fim do mês com tudo pronto, sem maratona.
A V4 Company fez isso ao centralizar tudo na Conta Simples: o processo que levava dias agora leva horas, com clareza e controle em tempo real.
💡 Quer ver como empresas como a V4 estão transformando o fechamento em rotina leve — e como isso pode funcionar na sua também? Veja aqui.
MOMENTO AURÉLIO
Pare de tatear no escuro
Todo negócio começa com intuição — aquela mistura de faro e coragem que faz você abrir a porta sem saber se o chão está firme.
Mas chega uma hora em que feeling não paga boleto, e o “achômetro” começa a custar caro. Você olha para a planilha e ela parece mais um romance russo: longa, densa e impossível de entender onde está o erro.
A verdade é que não faltam dados — falta bússola.
Cinco números bem escolhidos dizem se você cria valor, cresce com eficiência e se o caixa vai aguentar a próxima curva. Eles orientam preço, expansão, crédito e custo — sem ruído.
1️⃣ Margem de Contribuição e Ponto de Equilíbrio
💬 O que mostram: se cada venda sustenta o negócio — ou cava o buraco. Abaixo algumas fórmulas:
→ MC = Preço – Custos Variáveis – Impostos
→ MC% = MC / Preço
→ Ponto de Equilíbrio = Custos Fixos / MC%
📈 Sinais vitais: MC% subindo + PE caindo = saúde.
🎯 Alavancas: preço por valor, mix mais rentável, logística e tributos otimizados.
2️⃣ CAC Payback e LTV/CAC
💬 O que mostram: eficiência para transformar marketing e vendas em margem duradoura. Abaixo algumas fórmulas:
→ CAC = (Marketing + Vendas) / Novos Clientes
→ Payback = CAC / Margem mensal por cliente
→ LTV/CAC = LTV / CAC, sendo LTV = MC mensal × meses de retenção
📈 Sinais vitais: Payback ≤ 12 meses (até 18 em B2B). LTV/CAC ≥ 3 = sustentável.
🎯 Alavancas: onboarding rápido, upsell precoce, menos fricção na conversão.
3️⃣ Ciclo de Caixa (CCC)
💬 O que mostra: velocidade do dinheiro. Abaixo a fórmula:
→ CCC = DIO (estoque) + DSO (prazo para receber) – DPO (prazo para pagar)
📈 Sinal: CCC caindo mês a mês = fôlego financeiro.
🎯 Alavancas: descontos controlados no Pix, faturar no ato, negociar prazos e girar estoque.
4️⃣ NRR / Churn de Receita
💬 O que mostram: a força da carteira sem novas vendas. Abaixo algumas fórmulas:
→ NRR = (Receita da base após upgrades – downgrades – churn) / Receita inicial
→ Churn = Receita perdida / Receita inicial
📈 Sinal: NRR ≥ 100% = expansão cobre perdas.
🎯 Alavancas: planos anuais, add-ons premium, reajuste por valor percebido, CS proativo.
5️⃣ ROIC vs. Custo de Capital
💬 O que mostra: se o crescimento cria ou destrói valor. Abaixo algumas fórmulas:
→ ROIC = NOPAT / Capital Investido
→ NOPAT = Lucro Operacional × (1 – Taxa de Imposto)
→ Lucro Operacional = lucro bruto – despesas operacionais
→ Compare com WACC (custo médio ponderado de capital).
📈 Sinal: ROIC > WACC = empresa que multiplica cada real investido.
🎯 Alavancas: priorizar projetos ROI+, desinvestir ativos lentos, acelerar giro e margem.
Metas de referência
→ MC% em alta e PE caindo trimestre a trimestre.
→ Payback ≤ 12 meses e LTV/CAC ≥ 3.
→ CCC diminuindo continuamente.
→ NRR ≥ 100% (ideal 110–120% em assinaturas).
→ ROIC > WACC com folga.
💡 Resumo: KPIs bons exigem dados bons.
Centralize gastos e recebíveis com cartões por centro de custo e limites inteligentes.
Conciliação automática de Pix e boletos + payment runs semanais = CCC menor.
Painel de 13 semanas de caixa para simular preço, prazo e desconto por antecipação.
QUICK UPDATES
→ Superando as barreiras do tarifaço. Exportação de carne bovina do Brasil bate novo recorde em setembro
→ Com tensões geopolíticas e busca por proteção de carteira… Ouro bate recorde e é negociado acima de US$ 4 mil a onça troy
→ Calor no alumínio. Ações da Companhia Brasileira de Alumínio saltam com rumores de compra pela Emirates Global Aluminium
→ PIB “revisado para cima”. Moody’s Analytics eleva projeção de crescimento do Brasil para 2,5% em 2025
→ Fluxo estrangeiro na B3 desacelera. No 3º trimestre de 2025, saldo líquido foi o mais baixo em um ano
TO LISTEN/WATCH
Neste podcast, o filósofo Clóvis de Barros Filho fala sobre temas como o porquê perseguir “mais” nem sempre nos traz mais alegria, o risco de confundir status com valor real e como alinhar ambição com propósito para não se perder no caminho.
Se você vive entre planilhas, metas e decisões que mexem com o coração, vai curtir essa reflexão. Confira aqui.
FEEDBACK
Por hoje é só!
💡 Na semana que vem, estaremos de volta falando um pouco mais do mundo financeiro para você — CFO ou futuro CFO. risos.
—
um conteúdo grupo waffle em parceria com
