🪙 tudo sobre a pizza mais cara do mundo

1o episódio | bit a bit: cripto em pequenas doses

Hoje é 22 de maio. Pra muita gente, é só uma quinta-feira qualquer. Pra quem acompanha o mundo cripto, é o Bitcoin Pizza Day: o aniversário do dia em que se comprou a pizza mais cara do mundo e tudo deixou de ser só teoria. 🍕 

O Bitcoin Pizza Day marca a primeira vez em que o Bitcoin foi usado pra comprar algo no mundo real. Aconteceu em 2010, quando Laszlo Hanyecz, um desenvolvedor da Flórida, publicou uma mensagem num fórum chamado Bitcointalk perguntando se alguém lhe venderia duas pizzas por 10.000 Bitcoins (BTC).

via X @krakenfx

E alguém topou. A transação foi feita, e Laszlo recebeu suas pizzas — pagando o que hoje seria cerca de US$ 1 bilhão — considerando que atualmente o preço do Bitcoin varia entre US$ 96.000 e US$ 106.000. Na época, esses 10.000 BTC valiam só 41 dólares.

Laszlo Hanyecz e as pizzas que custaram 10.000 bitcoins

Esse momento entrou pra história como o primeiro uso documentado do Bitcoin para comprar algo físico.

  • Até então, a criptomoeda era vista como um experimento digital, criada em 2009 por um pseudônimo misterioso, sem valor real de mercado. Era coisa de fórum, nerds e cypherpunks.

Por isso, o Pizza Day virou um marco, porque ali o Bitcoin foi percebido como algo com potencial de uso prático — ainda que, inicialmente, fosse só para matar a fome de um programador.

E se você tá se perguntando se Laszlo se arrepende dessa compra, a resposta é não, rs — ou pelos menos nunca demonstrou esse arrependimento. Em entrevistas ele já disse que não se tratava de lucro ou perda, mas de participar de algo novo. Se ninguém usasse Bitcoin, ele nunca teria valor. E alguém tinha que dar o primeiro passo.

Se lá em 2010 o Bitcoin era só um experimento com gosto de pepperoni, hoje o mundo das criptomoedas conta com um cardápio variado. Se esse papo ainda parece confuso pra você, essa newsletter vai te ajudar a entender esse universo, que é bem mais simples do que você imagina.

São moedas digitais — como o Bitcoin — que funcionam sem um banco central ou governo por trás.

  • Elas rodam numa tecnologia chamada blockchain — uma espécie de livro-caixa público, transparente, seguro e descentralizado. Como se fosse um livro de registros gigantesco onde, a cada nova página, você cola uma nova transação.

Só que esse livro não fica guardado numa gaveta: ele é copiado e distribuído pra milhares de pessoas ao redor do mundo. Todos podem ver o que tem lá, ninguém pode apagar ou alterar o que já foi escrito. Isso é a blockchain, a base que dá confiança ao funcionamento das criptomoedas.

O Bitcoin foi só o primeiro. Mas desde 2009, ano do seu surgimento, o universo cripto se multiplicou e hoje conta com milhares de ativos digitais diferentes — cada um com funções, tecnologias e propostas distintas. Por enquanto, um breve resumo dos principais tipos. Nos próximos episódios, a gente dá uma aprofundada em cada um deles e mostra por que vale olhar além do Bitcoin.

Bitcoin (BTC) 🪙 é a principal referência do mercado, conhecido como o “ouro digital”. Criado pra ser uma reserva de valor descentralizada, o BTC tem oferta limitada (no máximo 21 milhões de unidades) e é usado principalmente como investimento de longo prazo. Em maio de 2025, o preço do Bitcoin gira na casa dos US$ 100 mil. Mas, como todas as criptomoedas, ninguém precisa comprar um BTC inteiro, é possível comprar pequenas fatias dele, chamadas de satoshis.

Ethereum (ETH) 🗞️ permite a criação de contratos inteligentes a partir de códigos que se executam sozinhos, sem intermediários. Isso possibilita a criação de aplicativos descentralizados (os famosos dApps), como plataformas de finanças, arte digital e jogos. O ETH custa hoje em média entre US$ 3.000 e US$ 3.500.

Solana (SOL) 📈 ganhou espaço por sua escalabilidade e velocidade. A rede consegue processar milhares de transações por segundo com taxas muito baixas, o que a torna uma das queridinhas pra projetos de jogos, NFTs e aplicativos que precisam de alto desempenho. O valor médio da SOL em 2025 está entre US$ 120 e US$ 150.

Stablecoins 💵 são atreladas a ativos estáveis, como o dólar, e mantêm seu preço por volta de US$ 1,00. Elas são amplamente usadas em negociações, como forma de proteger o portfólio da volatilidade ou pra transferências rápidas entre plataformas.

Tokens de utilidade, 💳️como o BNB, servem como combustível interno de suas plataformas. Com eles, é possível pagar taxas, acessar serviços exclusivos e até participar de decisões internas dos projetos. O BNB custa, em média, US$ 500.

NFTs (tokens não fungíveis) 🎨 representam ativos únicos, como obras de arte digitais, colecionáveis e até ingressos. Os preços dos NFTs são extremamente variáveis — indo de poucos dólares a milhões — dependendo da coleção, artista e momento do mercado.

Dá pra ver que cada cripto tem uma proposta diferente — algumas funcionam como investimento, outras como infraestrutura tecnológica, meio de pagamento ou ferramenta de comunidade. Entender essas diferenças é essencial pra navegar com mais segurança (e estratégia) no mundo cripto.

Antes de se aprofundar no tema, vale conhecer esse vocabulário essencial que vive aparecendo nas conversas — e que pode fazer toda a diferença na hora de entender como tudo funciona:

🪙 Bitcoin (BTC) – A cripto pioneira. Começou como uma ideia meio underground e virou um dos ativos mais valiosos do mundo.
🔗 Blockchain – O cérebro por trás das criptos. Uma rede de blocos conectados que registra tudo de forma pública, segura e impossível de alterar.
🧠 HODL – Era pra ser “hold”, mas o erro virou lema. Significa: segure seus criptoativos, mesmo nas tempestades do mercado.
📉 Bear Market – Fase de queda no mercado. Pouco glamour, muita tensão. Mas quem é raiz... HODL.
🚀 Bull Market – Quando tudo está subindo e o otimismo reina. Hora dos memes, das promessas e, às vezes, dos exageros.
🏦 DeFi (Decentralized Finance) – Sistemas financeiros descentralizados, que funcionam direto na blockchain, com contratos inteligentes no lugar dos gerentes.
🛡️ Wallet – A sua carteira digital. Pode ser um app, um site ou até uma espécie de pendrive. É onde você guarda seus criptoativos com segurança.
👨‍💻 DAO (Decentralized Autonomous Organization) – Uma comunidade organizada via blockchain, sem chefes. Decisões são tomadas por voto, tipo uma assembleia digital.

👉 Você se lembra do momento em que ouviu falar de Bitcoin pela primeira vez?

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Esse foi o episódio 1/6. No próximo BIT TO BIT, vamos falar sobre quem é (ou quem são) Satoshi Nakamoto, o criador do Bitcoin que desapareceu sem deixar rastros. Spoiler: tem fóruns obscuros, e-mails misteriosos e muita teoria da conspiração.

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